domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!!






Oi amigos,


Hoje é um dia muito especial! É um daqueles dias pelos quais a gente espera o ano todo e que arrumar os preparativos é quase tão bom quanto curtir o dia mesmo. Existe gente que não gosta e que prefira outras datas comemorativas, mas o fato é que para mim o Natal sempre teve um significado muito especial.


Natal para mim sempre foi um sinônimo de união, mesmo que isso signifique passar a ceia com poucas pessoas. Lembro de um ano em que passamos o Natal com mais de 50 familiares, enquanto houve um ano que passamos com somente 6 pessoas. O que sempre importou foi a vontade de estarmos juntos naquele momento tão especial, onde celebramos o nascimento de Cristo. Afinal, é até uma honra quando alguém diz que quer passar o Natal com a gente, não é mesmo?


Não é minha intenção aqui discutir se o Natal é realmente uma festa cristã ou se Jesus Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro, mas acho que o mais importante é lembrarmos nesse dia que Deus enviou ao mundo o seu filho, o seu filho unigênito. Assim, Deus se fez homem com o propósito maior de nos salvar, ou seja, de fazer algo que nunca conseguiríamos fazer por conta própria.


João 3:16-17

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.”


Assim meus amigos, eu gostaria de desejar a todos um Feliz Natal e que Deus esteja sempre abençoando o coração de vocês!!! Desejo que o amor de Deus possa sempre preencher o coração de cada um de vocês!

 
Um grande abraço e fiquem com Deus!


Woltony, Luciana (eternamente), Pedro e Helena

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Chegando perto do fim


Oi amigos,


Esse provavelmente é um dos últimos posts desse blog. Por várias vezes eu ensaiei um término, pensei em um último capítulo ou um último post. Cheguei a pensar também em uma data significativa para isso acontecer. Inicialmente eu a Luciana comentamos que poderia ser o nascimento da Helena. Depois pensei que poderia ser quando a Luciana faleceu. Por último pensei que faria sentido encerrar no dia 27 de junho deste ano, quando relembramos o um ano da partida da Luciana. Porém, por uma série de razões, eu acabei por protelar esse momento. Sempre me deu prazer escrever e compartilhar um pouco das nossas vidas aqui. Esse blog era uma das paixões da Luciana e algo pelo qual ela sempre prezou. Segundo ela mesmo falava, Deus havia colocado em seu coração a vontade de compartilhar a experiência que ela estava passando, e eu fazia parte desse projeto também. Esse sempre foi o espírito do blog. 


Nem sempre somos compreendidos ou bem interpretados naquilo que escrevemos e acho que isso faz parte. Porém nos últimos dias têm acontecido algumas coisas que me deixaram muito chateados. Coisas como o comentário que recebi abaixo:


Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Um pouco mais maduro agora..": 

Acho que esse blog tá muito abandonado. Acho que vc está trilhando novos caminhos e definitivamente nós não somos mais prioridade. Então, vc devia encerrar o blog. Mais digno do que deixar um comentário por mÊs. 



Não tenho problemas em receber críticas sobre alguma posição ou convicção minha. Muitas vezes já recebi comentários sobre pessoas criticando a minha fé ou especulando sobre a minha vida pessoal. Confesso que isso não me chateia. O que me deixa chateado é alguém, que nem mesmo assume a autoria do seu comentário, achar que o blog deve ser encerrado em virtude da freqüência de posts que são colocados e por final vir falar em dignidade e prioridades.


Esse último comentário me fez pensar na exposição que hoje nós temos, eu e minha família. Eu sempre procurei deixar tudo sem restrição, sem a história de ter que ser um usuário convidado para acessar o blog e só nos últimos tempos que coloquei a moderação de comentários. Isso valia também para o facebook, porém até lá no facebook eu já recebi alguns comentários e emails que me deixaram muito chateados, por terem sido bem mal interpretados.


Somando tudo isso ao desejo que eu já tinha de encerrar esse blog, por achar que ele já havia cumprido o seu papel, que tomei a decisão de escrever os últimos posts. O de hoje é inspirado no pedido de uma grande amiga, a Mirys (http://diariodos3mosqueteiros.blogspot.com). Ela havia pedido para algumas pessoas escreverem sobre o que elas haviam aprendido em 2011, e inspirado por esse pedido tão especial eu resolvi dedicar esse penúltimo post ao que eu aprendi em 2011.


Eu confesso que fico com um medo de falar sobre o que aprendi em 2011. Fico com medo porque você precisa estar muito seguro quando fala que aprendeu alguma coisa. Lembro que quando eu estudava para o vestibular, a gente brincava dizendo que só havia aprendido alguma coisa se a gente fosse capaz de explicar aquilo para qualquer pessoa. Assim, eu acho que nesse ano de 2011 Deus permitiu que eu tivesse alguma “visões”, alguns insights sobre várias coisas. Se eu realmente aprendi, talvez o tempo venha dizer. Lembro de uma frase do Paulo Freire que diz mais ou menos assim: “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” 


Assim, acho que 2011 foi para mim o início de um aprendizado. O início de um processo de aprendizagem. Como muitos que acompanham a nossa história sabem, eu fiquei viúvo em Junho de 2010 e desde lá muita coisa aconteceu na minha vida e na dos meus filhos. O ano de 2011 era muito emblemático para mim, pois eu tinha algumas grandes metas. Eu comecei o ano com a intenção de reformar o meu apartamento e efetivamente me mudar para a minha casa. Queria também organizar o aniversário das crianças e o batizado da Helena. Por último havia também o desejo de organizar as nossas vidas para morarmos todos juntos. Aos poucos tudo isso foi acontecendo e daí talvez venha a minha primeira grande lição de 2011.


Em 2011 eu pude ver melhor que o tempo não para, que a vida não espera você estar pronto. Sabe aquela cena de um trem partindo da estação, onde muitas pessoas já estão lá dentro dos seus vagões e outras estão correndo atrás do trem? Pois é, a vida não espera.  Por mais que eu estivesse sofrendo, cabia a mim fazer um bocado de coisas, tomar uma série de decisões. Escola do Pedro, festa de aniversário das crianças, reforma do apartamento, vida financeira. Alguém poderia virar para mim e dizer:  “Mas poxa, essa é a vida normal...do que você está reclamando?”. Não estou reclamando...é que o luto dá uma preguiça danada...não dá vontade de fazer nada.


Do luto e da preguiça aprendi outra coisa. Usando o exemplo do trem, eu muitas vezes não queria correr atrás de vagão nenhum. Queria ficar lá parado. Mas não havia escolha, eu precisava correr atrás...e para me ajudar nisso eu me apoiei em vários amigos. E amigos são um dos grandes tesouros que Deus pode nos dar. Amigos que me chamavam para sair, para almoçar. Amigos que me ligavam querendo saber como eu estava e amigos que serviam de verdadeiros confidentes. Amigos que oraram comigo sem eu mesmo pedir e que me receberam de braços abertos nas suas casas, com o intuito simplesmente de me dar amor e carinho.


Não posso falar de amor e carinho sem falar em outra coisa que aprendi em 2011, que foi a importância dos nossos familiares. Aqui estão incluídos não só os meus familiares mas também os da Luciana, que fazem parte também da minha família. Todos eles foram e continuam sendo instrumentos de Deus na minha vida, pois vejo hoje de uma forma mais clara os laços de amor e de afeto que nos unem. O amor entre nós fez com que várias barreiras fossem quebradas e que vários laços fossem criados. Todos eles foram muitas vezes o meu refúgio e talvez eles nem tenham percebido isso. Um almoço no domingo ou uma pizza em uma noite chuvosa servia muitas vezes para que eu pudesse recobrar um pouco das minhas energias. Isso sem falar no carinho que todos eles possuem pelas crianças.


Bem, não poderia falar do que aprendi de 2011 sem falar dos meus filhos. Eu fico totalmente sem palavras para falar deles e do amor que hoje me inunda quando penso neles. Acho que nunca o meu lado “pai” ficou tão aflorado como agora em 2011 e talvez isso tenha permitido a gente alcançar uma intimidade nunca antes alcançada. O amor pelos filhos é algo totalmente sem palavras e sem esse amor eu não conseguiria imaginar como teria sido o meu ano. O amor por eles me conduziu e me inspirou em todos os momentos, em todas as minhas decisões. Com eles eu me sinto mais inteiro, mais vivo. Colocá-lo para dormir, dar banho, dar comida, chegar do trabalho e vê-los correndo para os meus braços, poder abraçá-los, dar uma bronca e depois daquele choro todo vê-los se aproximarem e pedirem o meu colo...nossa..é algo que só de pensar já dá vontade de chorar! Sempre falo que meus filhos são um dos grandes presentes de Deus para mim, e que se Ele permitiu que a Luciana partisse e eu ficasse é porque tenho ainda um grande papel na vida deles.


Por fim, acho que 2011 foi também um ano de grande aprendizado entre eu e Deus. Eu acho que comecei o ano magoado com Ele. Existia ainda uma grande mágoa, que era sufocada pelo meu amor e pelo meu respeito. Nunca falei mal de Deus, mas às vezes era doído saber que Ele havia permitido tudo aquilo. O “porque?” era substituído por um “eu confio em Deus”, que muitas vezes não era tão natural. Ao longo de 2011 Deus me mostrou que a sua misericórdia era sem limites. Ele não trouxe a Luciana de volta, mas permitiu que o meu coração fosse sendo trabalhado para eu entregá-la para Ele. Afinal, ela nunca foi minha. Ele foi colocando no meu coração um orgulho infinito por eu ter vivido coisas maravilhosas com uma pessoa fantástica, por eu ter vivido um amor raro, um amor recheado de romance, paixão, cumplicidade, maturidade e alicerçado em Jesus. E Ele também foi me mostrando e me consolando que agora a minha realidade era outra. Foi me ajudando a fazer a transição do casado para o viúvo. Foi curando o meu coração e me dando tranqüilidade para voltar a acreditar nEle e no seu infinito amor, para voltar a me aproximar do seu abraço, da sua fé e da sua palavra. E assim Ele foi me transformando até o ponto em que estou agora, voltando a abrir o meu coração para um novo amor, uma nova história.


Talvez tudo isso eu continue vendo no ano de 2012. Talvez eu chegue ao final de 2012 aprendendo um pouco mais sobre esses temas. Mas só de conseguir escrever tudo isso eu vejo que o ano de 2011 foi muito importante e significativo na minha vida e na da minha família. Isso me faz ser grato a Deus por esse ano que se aproxima do fim.


Um grande abraço meus amigos e fiquem com Deus. Antes do fim do ano eu devo escrever os últimos posts.


Com carinho,


Woltony, Luciana (eternamente), Pedro e Helena