segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um pouco de tudo










Oi amigos,



Desde que esse blog foi criado, vários acontecimentos importantes das nossas vidas ficaram registrados por aqui. As primeiras notícias sobre o descobrimento do câncer, os primeiros exames feitos, as nossas dúvidas e incertezas sobre a possibilidade de conciliar o tratamento com a gravidez, o início do tratamento quimioterápico e as conseqüentes dificuldades que foram surgindo a partir de então. Apesar desse cenário todo, várias coisas boas foram registradas aqui também. Por várias vezes comentamos sobre como Deus se mostrava bondoso e generoso conosco, pois mesmo durante as piores tempestades o amor de Cristo era sentido dia a dia. Uma vez eu li em um texto que durante um tratamento de câncer os sentimentos existentes tomam proporções maiores. Se antes existia insegurança ou medo, durante o tratamento isso ficará maior. Não é raro casais se separarem durante o tratamento quimioterápico, pois a rotina é desgastante tanto no lado físico quanto no lado emocional.




Uma coisa que me deixa muito feliz é olhar para trás e ver quantas coisas boas ficaram registradas aqui, quantas mensagens de amor, fé e perseverança foram deixadas para nós e em especial para a Luciana e para a Helena. Sei que em muitos momentos várias pessoas torceram, choraram e vibraram a cada pequeno passo dado, a cada conquista alcançada...mesmo que fosse apenas uma boa noite de sono ou a possibilidade de sairmos para jantar fora. Através do blog ampliamos o conceito de várias palavras, como solidariedade, amor, fé e também pudemos vivenciar na prática o que é o corpo de Cristo.




Estou falando tudo isso porque está se aproximando o um ano da partida da Luciana. Há um ano, nós estávamos em São Paulo e não mais retornaríamos para Brasília juntos. Essa proximidade, essa expectativa toda, me faz recordar e refletir sobre todo o processo do luto. Apesar de eu ter tido várias recordações duras essa semana, tenho aprendido que não existem muitas regras sobre como viver o luto e sobre como lidar com os diversos sentimentos conflitantes que explodem no coração. Ao mesmo tempo em que a ferida parece cicatrizada para alguns assuntos, para outros ela ainda parece com uma “casquinha” bem fininha e que a qualquer momento parece querer quebrar. A gente aprende a viver com a perda, a gente aprende a viver apesar da perda, apesar da ausência.




É inevitável dizer que a vida continua, pois sim ela continua, apesar de você estar sofrendo. Ela continua e muitas vezes mostra que apesar de toda a dor existem ainda muitas coisas boas, muitas flores a serem admiradas ao longo do caminho. Você retoma a amizade com alguns amigos antigos, você encontra pessoas novas que preenchem espaços e que te ajudam nos momentos onde tudo o que você mais quer é poder compartilhar um pouco do seu dia a dia. Você olha para os seus filhos e vê que eles precisam de você, que você precisa estar bem para que eles estejam melhores ainda e que isso será muito difícil se o seu coração não estiver em paz. Você percebe que não importa quantas vezes você caia, mas o que importar é a forma como você reage e levanta de cada um desses tombos. E o que anima é perceber que mesmo em um período “de escuridão” como é o luto, Deus coloca diversas coisas no seu caminho que te permitem levantar e seguir adiante.




Antes de me despedir queria parabenizar aqui duas pessoas muito importantes e que estão fazendo aniversário hoje (dia 22 de maio). Uma delas é um grande amigo meu, um verdadeiro irmão que tive a oportunidade de conhecer enquanto fazia faculdade. Nós morávamos na mesma república e apesar de aparentemente sermos bem diferentes (detalhe: ele é lutador de sumô e pesa mais de 130Kg), nos tornamos tão amigos que hoje eu tenho total liberdade de considerá-lo como um irmão. Ele esteve presente em vários momentos importantes da minha vida e me apoiou de uma forma incomparável nesses últimos meses. Seus comentários sempre espirituosos muitas vezes aliviavam o meu coração triste. Meus parabéns Flavio Tooru pelo seu aniversário!




A outra aniversariante é uma pessoa muito especial que tive a oportunidade de conhecer através desse universo virtual de blogs. Com uma história parecida de viuvez (contada no blog: http://naoquerooutrolugar.blogspot.com/) e com a disponibilidade de ajudar, ela ofereceu o seu ombro e a sua atenção para que eu pudesse voltar a encontrar algum sentido naquilo tudo. Em alguns momentos o aprendizado valia para os dois e quando olho para trás hoje vejo o quanto nos ajudamos e nos apoiamos. Meus parabéns Marcele por essa data tão especial!




Antes de me despedir meus amigos eu queria deixar um versículo para vocês, um versículo que em especial a Luciana gostava muito e que está no livro de Isaías, capítulo 41:



Isaías 41:10:




não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu
te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.




Um grande abraço meus amigos e fiquem com Deus!


Woltony, Luciana (eternamente), Pedro e Helena

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Parabéns meus amores!

Eu e papai na minha festinha...recepcionando os meus amigos!




Eu no colo da minha vovó-madrinha!






Oi amigos,



O post de hoje é para falar de um mix de vários tipos de sentimentos, sentimentos que vão da tristeza, passam pela saudade e chegam à alegria. É para não só falar dos últimos acontecimentos mas também para homenagear quem nesse último domingo estaria fazendo 34 anos de vida e quem nesse domingo foi batizada. Enfim, para falar das minhas duas mulheres, das princesas da família...Luciana e Helena.





Como eu havia comentado em um post anterior, essas duas semanas guardavam datas muito importantes, datas nas quais eu andava um pouco ansioso com a chegada. A primeira foi o dia das mães e a outra seria ontem, o aniversário da Luciana. Acho que devido aos anos de convivência, toda vez que eu via a data 15/05 a lembrança do aniversário da Luciana pulava na minha frente. Algo tão automático quanto a gente ver 25/12 e lembrar do Natal.





Bem...como era de se esperar, sempre acontecia alguma comemoração nessa data. Por mais simples que fosse, alguma festinha acontecia. E o bom é que a tal da festinha surpresa sempre acontecia, por mais que tudo estivesse rolando em baixo do nariz dela. Uma característica da Luciana é que ela era super desligada com as coisas. Era tão bonitinho o jeitinho dela, muitas vezes ingênuo e sem malícia que chegava a ser de uma ingenuidade encantadora. Esses dias eu vi as fotos de um aniversário surpresa que fizemos no nosso primeiro apartamento. Esse apartamento a Luciana decorou com muito carinho e era a nossa cara. Mas era um apartamento bem pequeno e eu chamei umas 20 pessoas! Apesar do pouco conforto, tudo logo se ajeitou e o clima naquele dia estava muito gostoso...lembro como se fosse hoje a Luciana andando e sorrindo pela casa, servindo todo mundo e querendo que todos tirassem foto!





Uma das coisas que aconteceram e que ajudaram a suavizar um pouco o peso dessa data foram as inúmeras e lindas recordações de todos os aniversários comemorados juntos. Lembranças do primeiro aniversario , quando ela ainda tinha 16 anos e a gente havia acabado de se conhecer. Lembrança do aniversário que a gente fez na casa dos pais dela e que eu estava morrendo de vergonha da Tia Márcia e do Mateus. Lembrança do aniversário onde eu peguei uma câmera e entrevistei praticamente todos os amigos e familiares e cada um fez uma declaração do quanto ela era especial e importante. A gravação não estava das melhores mas lembro dela super emocionada, rebobinando a fita (pois é..na época a filmagem era em VHS mesmo) e vendo cada uma das amigas e amigos falando. Eu aproveitei e filmei o primeiro apartamento que ela morou em Brasília, filmei a janela de onde ela me chamou a primeira vez e também filmei o Colégio Militar, o lugar onde a gente se conheceu e que serviu como pano de fundo para os primeiros anos do nosso relacionamento. Agora até me deu saudade de ver essa fita...só não sei se agüento ver. Todas essas lembranças somadas talvez me fizeram lembrar dela com uma saudade gostosa e não com uma dor. Não é que não doa...é besteira achar que não dói. Mas a dor é compensada, aliviada pelos bons momentos vividos.





Um outro fato que ajudou a aliviar esse aniversário foi que ontem nós celebramos o batizado da nossa pequena princesa Helena. Foi tudo decidido muito rápido! Na sexta feira nós decidimos e no domingo a Helena estava sendo batizada. Nós escolhemos a mesma igreja onde casamos e onde o Pedro foi batizado. A razão de fazermos no domingo é que seria uma homenagem fazer o batizado em uma data tão especial.





Graças ao nosso bom Deus ocorreu tudo bem e tanto a celebração quanto a recepção que fizemos transcorreram tranquilamente. A Helena estava linda como sempre! Não chorou em nenhum momento e se comportou de uma maneira exemplar! O padre também falou palavras super bonitas, homenageando também a Luciana. Uma das coisas que ele falou foi justamente sobre a minha responsabilidade agora em conduzir a Helena e o Pedro numa vida cristã, uma vida de amor e dedicação a Cristo. Naquele momento eu me senti muito honrado dessa missão e pretendo ser sempre um motivo de orgulho para a Luciana disso, porque sei que isso era algo que ela sempre confiou em mim como um exemplo para as crianças.





Hoje já é dia 16 de maio e as principais turbulências já passaram. Talvez ainda apareçam alguns efeitos retardados de saudade e de luto, porem nada como um dia após o outro para aprendermos a conviver com a ausência daqueles a quem amamos.





Um grande abraço meus amigos e fiquem com Deus!






Woltony, Luciana (eternamente), Pedro e Helena



sábado, 7 de maio de 2011

Feliz dia das mães!!!

Oi amigos,



O post de hoje é uma pequena homenagem a essa que é um dos maiores símbolos de amor que pode existir nesse planeta. Uma homenagem a todas aquelas que cuidaram de nós quando ainda estávamos em seus ventres, que nos amavam antes mesmo de nascermos e que abdicaram de vários momentos para que pudéssemos ser quem somos hoje. Aqui vai uma tentativa modesta de homenagear todas as mães!



Meu primeiro referencial de mãe, não poderia deixar de ser a minha própria mãe (tudo bem...isso foi meio óbvio..rsrs). As primeiras imagens que tenho da minha mãe são sempre de muito carinho e muito amor. Lembro dela sempre me defendendo junto ao meu pai e me elogiando na escola para todos os professores (minha mãe era professora na escola em que eu estudava). Lembro dela fazendo os deveres de casa comigo e toda vez que eu batia na porta do quarto deles porque estava com medo na hora de dormir, era ela quem me colocava ao seu lado e muitas vezes fazia um leite quente para mim no meio da madrugada. Acho que herdei muito dela...o lado de gostar de falar de sentimentos, o cuidado em lembrar de datas importantes, o gosto pela cozinha e um pouco dos cuidados com a casa (esse aí eu fiquei em um meio termo entre a minha mãe e o meu pai). Te amo muito mamis querida!



Uma outra mãe que gostaria de homenagear é minha sogra. A Tia Márcia sempre foi um modelo de mãe para a Luciana e logo eu comecei a admirá-la também. Com um jeito de cuidar de todos e de tudo ao mesmo tempo, sempre levando todo mundo para todo lugar, ela sempre conseguiu ser um referencial de mãe para toda a família. Uma coisa que sempre me emocionou foi que a Tia Márcia sempre me tratou como a um filho e é realmente assim que eu me sinto. Esse carinho todo a gente também pode comprovar agora com os netos, principalmente com a Helena.



Outra mãezinha que queria citar é a minha irmãzinha! Lembro muito quando a Chelle me contou que estava grávida e de todas as transformações que aconteceram ao longo da sua vida. E algo que deixou a todos muito orgulhosos foi ver o quanto a maternidade lhe fez bem. Ver o quanto ela amadureceu e o quanto ela hoje está feliz com a chegada do meu novo sobrinho é algo que alegra a toda a família.



Queria homenagear também a todas as minhas amigas que são mães, incluindo aqui aquelas que ainda estão grávidas mas que vibram com o dia quando irão conhecer os seus pequenos. Queria também colocar o meu imenso carinho e admiração por aquelas que são mães e que também são viúvas. Desde que fiquei viúvo tive a oportunidade de conhecer (ou de me aproximar mais) de mulheres que ficaram viúvas e que vivem também o desafio de cuidar de seus filhos ao mesmo tempo que procuram reconstruir o que sobrou da vida. Mulheres como a Marcele, como a Rejane, como a Mirys, como a Luciene e como tantas outras que encontraram força, cada uma à sua maneira, e que desempenham com admiração o papel de mãe, dando toda a segurança e amor necessários para os seus filhos, ainda que aquela sensação de impotência ou culpa esteja sempre as visitando. Meu amor e admiração por cada uma!



Por último eu queria falar um pouco da Luciana. Eu sempre comentava que algo que me deixava extremamente tranqüilo era saber que as crianças tinham uma mãe como a Luciana, pois ela era sempre o referencial para mim. Ver como ela se realizava como mãe me fazia admirá-la ainda mais e para mim também era uma realização como marido e pai ajudá-la nisso. Lembro das diversas vezes que conversamos sobre os pequenos e de como ela se animava em fazer tudo certinho para eles. A Luciana nunca foi paranóica com algumas coisas...para ela criança tinha que ser independente, tinha que se sujar na terra e tinha também que ser obediente aos pais...naquele estilo que basta você olhar para ela obedecer. Poderia escrever páginas e mais páginas sobre ela, mas o que queria deixar como um dos pontos altos da Luciana foi todo o amor e cuidado que ela teve com a Helena durante a gestação. Ela não foi simplesmente “mãe” quando sentiu que deveria levar a gravidez adiante. Ela foi mãe e teve a fé de afirmar que ela sentia que a Helena era um presente de Deus e que Ele não iria dar aquela gravidez se não fosse para a Helena nascer. Lembro dela sair de uma quimio e querer dar uma volta em São Paulo para comprar o lustre provençal do quarto da Helena. Lembro dela querendo fazer um ensaio de grávida para mostrar para a Helena e de como foi emocionante a disposição que ela tinha para fazer um ensaio que durou quase 4 horas (para quem não viu as fotos: https://picasaweb.google.com/115008557015298544348/HelenaNaBarriga02#). Esse amor todo, essa abnegação e esse exemplo é que quero transmitir para as crianças, para que elas possam sempre conhecer a mulher maravilhosa e incrível que é a mãe deles! Eu te amo para sempre meu amor!



A todas as outras mães daqui do blog eu também queria desejar um ótimo dia da mães e que Deus em todos os momentos permita que vocês aproveitem esse dom maravilhoso que é a maternidade e que também os vossos filhos possam curtir cada minuto da companhia de vocês!



Um grande abraço e fiquem com Deus! Feliz dia das mães!

Woltony, Luciana (eternamente), Pedro e Helena

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Porque eu tenho um blog?




Oi amigos,



O post de hoje é atendendo a um convite da minha amiga Mirys (http://diariodos3mosqueteiros.blogspot.com/) para uma “blogagem coletiva”. O tema do post é “Porque eu escrevo um blog” e para mim veio bem a calhar porque há alguns dias que eu me faço essa pergunta.



Esse espaço aqui surgiu por uma iniciativa da Luciana, que após encaminhar alguns emails contando sobre as internações que ela teve, um dia decidiu que deveria contar essa história para mais pessoas. Como ela mesmo falava, não foi ela que decidiu, mas sim Deus que colocou no coração dela para que toda aquela história, toda aquele relato fosse compartilhado com mais pessoas. O nome do blog veio de uma forma bem natural, até porque tudo nosso sempre foi lucianaewoltony e, como ela mesmo dizia, o blog era nosso e não só dela, uma vez que tudo na nossa vida sempre foi compartilhado.



Desde o início o blog nos surpreendeu. A ideia era relatar o que acontecia, sempre com a riqueza de detalhes que a gente julgava necessária. De uma forma inesperada, começamos a receber mensagens de pessoas que não conhecíamos e que começaram a torcer pela cura da Luciana, pelo nascimento da Helena e pelo bem de toda a nossa família. Isso era maravilhoso, pois o sentimento de amor que surgiu em torno de nós era algo que nos animava e confortava. Tenho a lembrança clara da Luciana escrevendo o blog sentada na mesa lá de casa, dela acordando cedo e vendo os últimos comentários ou mesmo deitadinha na maca do hospital, “plugada” na bomba de infusão, recebendo a quimio e escrevendo mais um post.



Ela tinha um carinho enorme por esse espaço! A Luciana sempre gostou muito de línguas (ela tinha cursos e mais cursos de Inglês e Frances) e tinha um cuidado muito grande por tudo o que escrevia. Assim, todo texto que eu escrevia passava antes por ela...que sempre me dava vários toques de como escrever melhor.



Volta e meia aparecia a pergunta “Até quando a gente escreverá o blog?” Lembro que uma vez a gente comentou que escreveria até a Helena nascer. Imaginávamos que a rotina de cuidar de um recém nascido ia nos consumir muito e também contávamos que a Luciana logo logo ficaria curada. Mas no dia do parto foi aquela confusão só e o blog era também uma maneira de manter todos informados, bem como receber todo o carinho e torcida para que tudo acabasse bem.



Um outro momento que pensei muito em parar de escrever o blog foi quando a Luciana faleceu. Escrever aquelas postagens era muito difícil e também eu sempre me perguntava “Poxa Woltony, o nome do blog é lucianaewoltony, foi a Luciana que idealizou isso no inicio... não faz sentido continuar escrevendo mais”. Mas aí veio outra coisa...escrever era uma forma de falar das crianças e também de colocar para fora tudo o que eu estava sentindo. Escrever era uma terapia para mim. E assim eu decidi continuar a escrever o blog...



Escrever era também uma forma de deixar registrado alguns momentos importantes da vida das crianças...era uma forma de homenagear a Luciana e outras pessoas da família...era uma forma de eu me relacionar com o mundo. E assim o blog continuou sendo escrito ao longo desse último ano...



Essa semana porém aconteceram algumas coisas que me fizeram pensar de novo na continuidade do blog. Penso talvez que seja a hora de parar...não sei...ainda estou refletindo. Talvez eu monte outro blog para escrever algumas coisas para as crianças...ou talvez sobre o luto...ou talvez sobre tratamentos de câncer... Tenho pedido a Deus uma tranquilidade para isso mas ainda não encontrei paz no meu coração. De qualquer forma, caso eu decida pela interrupção do blog, eu avisarei todo mundo aqui...



Antes de me despedir queria deixar um videozinho do Pedro, gravado recentemene. Agora ele ataca de “Shakiro”, em mais uma apresentação lá em casa! Segue o link:





Um grande abraço meus amigos e fiquem com Deus! Que Ele esteja protegendo e guiando cada um de vocês.




Woltony, Luciana (eternamente), Pedro e Helena

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pensando sobre o dia das mães

Meus pequenos brincando no quarto!




Oi amigos,

Esses dias tenho andado um pouco pensativo com a proximidade do dia das mães. Sinceramente acho que estou muito mais preocupado com isso do que as crianças, até mesmo porque eles ainda são muito pequenos. Mas é que eu fico pensando nelas...e quanto dói mais quando o que acontece atinge os nossos filhos né? O Pedro vem lidando de uma forma tranqüila com a ausência da Luciana e a Helena ainda é muito pequenina para entender. Quando eu falo da forma tranqüila do Pedro, quero me referir que ele não fica chorando ou arredio, mas sei que ele sente falta dela.

Tem horas que procuro forças porque acho que a questão principal está na minha cabeça e no meu coração. E estou procurando esgotar ao máximo esse assunto para poder estar melhor nesse domingo. Pode até parecer sofrer por antecedência, mas a todo o momento fico pensando nos questionamentos que o Pedro pode fazer e imagino as melhores respostas a serem dadas. No fundo no fundo sei que de uma forma ou de outra Deus guardará sempre os corações deles, e apesar da tristeza da ausência, eles crescerão de uma forma segura e firme. Lembro sempre de um trecho da música Tocando em Frente (Almir Sater e Renato Teixeira) que diz assim:








“Penso que cumprir a vida


Seja simplesmente


Compreender a marcha


E ir tocando em frente”


Talvez a minha luta diária seja essa...compreender a marcha e ir tocando em frente, do jeito que é possível, do jeito que Deus permite que seja. Hoje deixo também um poema do Carlos Drummond de Andrade, que reflete um pouco o que ando sentindo.

Para Sempre (Drummond)




"Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho."

Um grande abraço meus amigos e fiquem com Deus! Que Deus os abençoe sempre!

Woltony, Luciana (eternamente), Pedro e Helena